Buongiorno a tutti!
Assim como muita gente que sai do
País para uma experiência no exterior, não vim para a Itália com a língua fluente
e ainda estou me dedicando para aprender e falar corretamente.
A internet é uma “mãe” para quem busca
o aprendizado... Desde blogs, aplicativos, vídeo-aulas no Youtube e tantas
outras opções gratuitas podem ser acessadas de forma gratuita.
Outra opção é matricular-se aqui
em um curso de Italiano, gratuito ou não, ou estudar em casa. Eu fiz as duas
coisas nesse primeiro ano aqui e, como tudo, encontrei prós e contras.
Estátua em homenagem a Dante Alighieri, o "pai" da língua italiana, em Verona. Foto minha no verão de 2017 |
Buscando um curso de língua italiana para estrangeiros
Minha primeira opção foi buscar
um curso gratuito de italiano para estrangeiros na região onde moro. Encontrei na
paróquia central da minha cidade e um outro oferecido pelo CPIA (Centro
Provinciale per l’Istruzione degli Adulti) em parceria com a prefeitura (o CPIA
existe em toda a Italia). Ambos com uma taxa anual de inscrição de 20 euros e
sem mensalidade. Porém, por ter a cidadania italiana e “não ser uma estrangeira”
não pude me matricular. Essa na verdade foi a primeira informação que tive.
Dias depois me ligaram e disseram que a informação estava equivocada, mas
naquele momento já estava matriculada em um outro local.
Um ótimo site para localizar
cursos de italiano oferecidos para estrangeiros aqui na região de Milão em
paróquias, públicos e privados é o http://milano.italianostranieri.org/
A segunda opção foi procurar por
escolas tradicionais particulares de idiomas e antes de amadurecer a ideia
desisti: aqui na região de Milão, os módulos variam de 600 a 1800 euros. O que
pra mim, recém chegada e na contenção total de gastos, não era alternativa.
Acabei me matriculando em um
curso chamado “La Nostra Lingua Italiana”, oferecido para italianos por um ONG
da minha cidade, principalmente para a terceira idade que ainda fala muito o
dialeto Brianzolo, onde moro. Paguei uma taxa de 90 euros durante o ano todo de
curso e fiz amizade com algumas senhorinhas (rs). Porém, não é um curso para
estrangeiros e apesar de acreditar piamente que conhecimento nunca é demais, o
conteúdo gramatical de ensino médio não é o que preciso para me dar a fluência
na língua. De qualquer forma valeu a experiência.
Aulas particulares
Cheguei a pensar em fazer aulas
particulares com professores nativos e o que encontrei foram preços entre 8 e
15 euros por hora/aula. Seria uma boa opção, já que fazendo cerca de 4 horas
por mês eu teria a atenção exclusiva do professor que me ensinaria exatamente baseado
nas minhas atuais limitações.
Estudando sozinha
Eu sei que estudar sozinho requer
disciplina e muito comprometimento. Como sou uma pessoa que gosta disso e tem
facilidade de estudar por conta, me comprometi comigo mesma a fazer o curso na
escola e estudar a gramática que ainda não tinha visto durante os 18 meses de
curso de italiano que fiz no Brasil.
Comprei o libro Facile Facile B1 (que
inclusive é o material de apoio do CPIA). Indico para quem me pergunta pois
toda a coleção (são 6 exemplares, a partir do A0) é bastante fácil de entender,
com exemplos práticos do dia a dia (ótima forma de aprender vocabulário) e uma
estrutura lógica de explicação dos tempos verbais na gramática. O preço de cada
exemplar é de apenas 6 euros e a coleção
inteira sai por 21 euros.
Vale lembrar que o nível A0 é
para quem terá seu primeiro contato com a língua, enquanto o B1 (exemplar mais
alto da série) é um nível intermediário (congiuntivo presente, condizionale
presente, etc).
É claro que tem aquelas dicas já meio clichê: falar e ouvir os nativos, ver televisão, filmes, ouvir música e entrar de cabeça na imersão do italiano. Como diz um amigo, é no dia a dia
que se aprende? Também, e muito! Mas estudar é imprescindível para saber o “porque”
de estar falando daquela forma, assim como ter a certeza de estar falando o idioma mais nobre e belo do mundo da forma correta. Então, bora estudar!
Abbraccio e alla prossima!