13 fevereiro, 2018

Curiosidade: saquinhos de hortifruti biodegradáveis

Ciao ragazzi!

Quero contar hoje uma curiosidade da minha rotina que, no Brasil, ainda é diferente. Desde 1º de janeiro de 2018 passou a valer aqui na Itália a lei que prevê a obrigatoriedade da utilização de saquinhos biodegradáveis também na área de hortifruti dos supermercados (123/2017), ao invés daqueles transparentes de plástico.



As sacolinhas normais para o transporte das compras já são biodegradáveis há algum tempo, ou seja, se decompõe na natureza em um curto espaço de tempo e, assim, não agridem o meio ambiente. O consumidor é incentivado a levar suas próprias sacolas de compras reutilizáveis, como já acontece no Brasil, com a motivação de economizar em média 0,10 centavos de euro por sacolinha (não costumo converter, mas seria aproximadamente 0,42 centavos de real por sacolinha, o que é de fato muita coisa!).

A questão que gerou um certo incômodo nos consumidores é que o custo com o saquinho das verduras, frutas e legumes passa a ser também a encargo do cliente, como já acontece com a sacola das compras. Ao realizar o pagamento no caixa, além de pagar pelo produto, deve-se também passar o código de barras do próprio saquinho de plástico biodegradável.

Saquinho Biodegradável para a compra de frutas, legumes e verduras.
Do lado esquerdo, o código de barras para pagamento do mesmo
Pontos negativos

Um novo custo para o consumidor. Fazendo uma conta básica, do meu caso que faço feira no supermercado uma vez por semana, comprando aproximadamente oito itens entre frutas, verduras e legumes, em um ano terei um gasto de 8,32 euros que, apesar de baixo, até então não fazia parte do meu orçamento.

Se fizermos uma proporção desse valor por pessoa, só de curiosidade, a minha pequena cidade por exemplo terá uma despesa superior a 108 mil euros no ano apenas com saquinhos biodegradáveis de hortifruti.

Claro que o assunto gerou debate no âmbito político, com denúncias inclusive de que o fabricante de saquinhos seria parente de políticos que defenderam a implantação da lei. Verdade é que a prática já é realizada em outros países da Europa e como membro da União a Itália deveria se adequar o quanto antes.

Pontos positivos

Antes de mais nada é inegável o valor que a medida agrega à preservação do meio ambiente. Aquela história: se cada um faz sua parte, o planeta sobreviverá para as gerações futuras.

Apesar de termos uma nova despesa, o lado positivo é que cria-se a transparência do preço que se paga por cada sacolinha, ou seja, o valor dos saquinhos não estará (pelo menos assim se espera) embutido no valor dos produtos.

A lei é regulamentada e os supermercados não podem cobrar além de 0,02 centavos de euro por cada saquinho. Nos mercados perto da minha casa todos estão cobrando 0,01 centavo a unidade.

O consumidor pode reutilizar os saquinhos biodegradáveis para descartar o lixo orgânico (úmido) e disponibilizar diretamente para a coleta seletiva. Para tanto, deve-se retirar a etiqueta com o peso e valor do alimento (que na maioria das vezes é feita de papel adesivo).

Portanto, ao visitarem a Itália, lembrem-se sempre daquele um centavinho a mais da sacolinha!

Abbraccio!!